sábado, 27 de fevereiro de 2021

27/02/2021

 26/02/2021

EU TÔ FALANDO QUE SE NÃO ANOTAR, EU ACABO ESQUECENDO! MOA ESTEVE AQUI NA QUARTA EU TAVA COM TANTA SAUDADES DE APENAS PAPEAR COM ELE, QUE ACABEI ESQUECENDO DE PEDIR PRA ELE COLAR DE NOVO A ORTESI DA MÃO ESQUERDA. ESSAS FALHAS, REALMENTE ME ANGUSTIAM PQ AO MESMO TEMPO EU LEMBRO DE COISAS QUE ME ACONTECERAM A MUITO TEMPO COMO SILMARA OBSERVOU APOS EU TER LHE CONTADO O PQ EU SEMPRE VOU USAR UM TRAVESSEIRO DE BEBE JUNTO COM O TRAVESSEIRO GRANDE: EH QUE QUANDO EU TIVE O AVC FIQUEI UNS 5 MESES NO HOSPITAL E NO DIA QUE FUI PRA CASA, ANA LIA COM 2 ANOS NA EPOCA ME DEU O TRAVESSEIRO DELA PRA AJEITAR MELHOR. CLARO QUE A ESPUMA JÁ FOI TROCADA VÁRIAS VEZES. ESSA MENINA SEMPRE ME SURPREENDEU!


NA QUINTA EU ASSISTI A LIVE DA BIENAL E NÃO SEI SE CONSEGUI FAZER RELAÇÃO ENTRE AQUELES ARTISTAS E O SINO DE OURO PRETO, EXCETO PELA NINA BEIER, QUE TEM UM TRABALHO VOLTADO À MEMORIA (PERFORMANCE YEAR ZERO - NINA BEIER). COMO A TARDE TINHAMOS LIDO O TEXTO DAS OFICINAS PRO LIVRO DOS 20 ANOS DE AEP, FOI MEIO INEVITAVEL LEMBRAR DA ABERTURA DO CCBB NO DIA 21/04/2001 COM A OBRA DO TUNGA:

"Em um episódio, por exemplo, na abertura da exposição do Tunga: o prédio inteiro, restaurado, recebeu aquelas pilhas de cobertores remetendo a cobertores de moradores de rua e mais 100 performers, todos caracterizados como mendigos comendo sopa colorida, umas performers maquiando as esculturas de sino e de caldeirões, com batom e base de maquiagem... De repente, no meio, aparece o Arnaldo Antunes cantando uma música chamada “Tereza” e esses atores todos faziam uma rebelião dentro do prédio. O prédio inteiro escondido, inteirinho, aquilo foi emocionante. Os atores saindo como se fossem presos fugindo, jogando terezas, aquelas cordas de cobertor, naquele fosso enorme do CCBB e, de repente, recebemos gente na oficina e perguntamos: “E aí, conta o que achou da exposição”, e ouvimos: “Odiei!”, “Vocês gastaram milhões de dinheiro público para cobrir com esse monte de lixo, com esse monte de porcaria que tá aqui dentro”. Ficamos desconcertados, mas a Suca e a Ana Amália olharam e falaram “Ah, muito bom, você tem um ponto de vista”. Neto relatou na nossa conversa: “Aí eu senti segurança e falei, legal, então nós vamos acolher todo mundo, a gente não está aqui para endossar nada. Deixa o público se manifestar”. (Memórias oficineiras: a prática reflexiva nas exposições de artes: Guilherme Nakashato e Valéria Peixoto, NO PRELO) 

DESDE QUE COMEÇOU A PANDEMIA QUE AS 12 E AS 18 HORAS O SINO DA IGREJA DA PUC TOCA. JAH CONTAMOS AS BADALADAS, MAS NÃO FAZ O MENOR SENTIDO ASSIM COMO A MANEIRA DE TOCAR, AS VEZES SÃO MUITAS BADALADAS RAPIDAS E COM TANTA FORÇA QUE PARECEM ESTAR COM RAIVA. ME LEMBRA UM FILME ANTIGO "POR QUEM OS SINOS DOBRAM??"


Cenas de Resgate (Teresa), Tunga no CCBB, 2001. Foto de Marta Martins https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/38581/2/ULFBA_E_v7_iss14_p30-35.pdf

EU ACHO QUE TÔ COMEÇANDO A GOSTAR DE FICAR EM CASA, CRIEI UMA ROTINA BEM LEGAL. TODOS OS DIAS APOS O BANHO ME VISTO, COLOCO AS ORTESIS DOS PEHS E VOU PRA CADEIRA E PRO COMPUTADOR ATEH 18 HORAS +-.

ACHO QUE VAI DEMORAR PRA CHEGAR MINHA VEZ NA FILA DA VACINA, MAS HOJE FOI A VEZ DA MINHA MÃE E PEDI À EDNA QUE A LEVASSE (EU SEI QUE ELA SABE SE VIRAR, MAS EU NÃO IA DEIXAR ELA IR SOZINHA. EH MINHA MÃE!!)





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