LEMBREI DO CAUSO DA ANA LIA COM MAMÃE: FOI O ETERNO DILEMA DE RABISCAR OU NÃO A PAREDE. LÁ EM CASA ERA PERMITIDO EM LUGARES PRÉ DETERMINADOS, MAS EU SABIA QUE AQUI IA SER DIFERENTE, ENTÃO A PRIMEIRA VEZ QUE ANA LIA VEIO ME FALAR NISSO EU CONTEI QUE QUANDO EU ERA CRIANÇA RABISCAVA EMBAIXO DAS MESAS E FIM, SÓ QUE NÃO!!
ALGUNS DIAS DEPOIS ELA SUBIU NA MINHA CAMA E ME DISSE QUE EU NÃO TINHA DEIXADO NEM UM ESPACINHO NAS MESAS. PEDI UM TEMPO PRA PENSAR. COMBINAMOS QUE NO MEU QUARTO ATRAS DA PORTA E DO SOFA EM PAPEL KRAFT PODIA!
NA QUINTA QUANDO MÃE FALOU DO SARAH LEMBREI TANTO DO DR CAMPOS DA PAZ
"Existe uma dicotomia que contribui perversamente para impedir a reabilitação de pessoas que apresentam alguma forma de incapacidade sejam reabilitadas: os médicos julgam os doentes a partir do que a doença lhes fez perder; o que deixou de existir.
A verdadeira reabilitação avalia o doente pelo que lhe restou, pelo seu potencial, por onde há espaço para investir. Essa visão aparentemente ingênua tem velhas raízes: reporta-se às origens da medicina. Historicamente, a reabilitação é recente. Podemos localizar sua origem com alguma precisão a partir da II Guerra Mundial quando milhares de pessoas se viram privadas de algo absolutamente essencial: a capacidade e o arbítrio de ir e vir.
Paralelamente, formou-se uma sociedade consumista, altamente preconceituosa, que busca parâmetros de perfeição dissociados da realidade, esquecendo que é a diversidade que caracteriza a natureza e o homem. E a incapacidade é uma forma particular de diversidade.
Preconceitos nascidos dessas circunstâncias segregam quem foi privado de alguma função, seja motora, seja intelectual, em guetos hospitalares, como no passado foram segregados quem os regimes totalitários consideravam "imperfeitos".
Mesmo antes disso, a literatura já tinha o mau hábito de associar a vilania de alguns personagens a diferenças físicas, particularmente aquelas vistas como deformações." (Campos da Paz, 2007)
HOJE EU E ANA LUCIA ARRUMAMOS O GUARDA ROUPA. ELA EH BOA NISSO, METICULOSA, CUIDADOSA, ENFIM ORGANIZADA!
EH COMO DISSE ROGERS EU SEI BEM A QUALIDADE DE CADA UM.
Tu me empresta a Ana Lúcia??
ResponderExcluirAmo seus posts, Ana, te ler aqui é potencializar as mais significativas memórias q tenho sobre arte, cultura, educação, existência, resistência, competência. Obrigada por tudo desde sempre.
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