sábado, 19 de junho de 2021

19/06/2021

NESSAS ULTIMAS SEMANAS EU FIQUEI BEM AGONIADA COM MINHA MEMORIA PQ EU ANDO TENDO MUITO ESSES BRANCOS, COMO NA SEGUNDA-FEIRA QUE EU TINHA QUE PEDIR PRA BIA FAZER 3 TELEFONEMAS PRA MIM. EU SOH CONSEGUI LEMBRAR 2, NO TERCEIRO DEU BRANCO E POR MAIS QUE EU TENTASSE NÃO LEMBRAVA DE JEITO NENHUM, MAS AI NA QUINTA DE MANHÃ EU TAVA VENDO TV, COCHILANDO, MEIO DE BOBEIRA E DO NADA EU LEMBREI! EU HEIM?!?

NA MESMA QUINTA À TARDE ASSISTI UMA LIVE DO CCBB/RJ SOBRE NISE DA SILVEIRA: A REVOLUÇÃO PELO AFETO COM O EDUCATIVO CCBB. INTERESSANTE, MAS UM POUCO SUPERFICIAL E QUANDO ABRIRAM PRO PUBLICO VIROU UM MISTO DE MURO DA LAMENTAÇÃO E DIVÃ DO ANALISTA. EH ESSA PANDEMIA QUE TÁ DEIXANDO TODOS COM OS NERVOS A FLOR DA PELE!!


NA SEXTA EU ATEH TINHA UMAS COISAS PRA FAZER, MAS COMECEI A ASSISTIR A LIVE PAULO FREIRE E A ARTE/EDUCAÇÃO COM MAMÃE E FERNANDO AZEVEDO COM A MEDIAÇÃO DE RUDIMAR CONSTÂNCIO SOBRE PAULO FREIRE. SOH ME DEI CONTA DE QUE EU NUNCA TINHA CONTADO PRA MAMÃE A HISTORIA DO BUSTO QUANDO MAMÃE DISSE QUE QUASE NÃO FALAVA NELE PRA NÃO SER ACUSADA DE PEGAR CARONA NA FAMA DELE


MAS SERAH QUE NÃO EH O UBALDO QUE ESTAH EM TODOS NOS QUE VIVEMOS NA DITADURA (UBALDO É UMA TIRA DO CARTUNISTA BRASILEIRO HENFIL, CRIADA EM 1975. UBALDO – O PARANÓICO, É O RETRATO TRAGICÔMICO DE UMA ERA DE EXPERIÊNCIAS AMARGAS, QUE UM DIA OS BRASILEIROS FORAM OBRIGADOS A VIVER: O MEDO DE SER DETIDO, PRESO, TORTURADO E MORTO PELAS FORÇAS DA REPRESSÃO À ESQUERDA ARMADA, QUE OCASIONALMENTE NÃO POUPAVAM PESSOAS INOCENTES. HENFIL CONSEGUIU O MILAGRE DE FAZER HUMOR COM A TRAGÉDIA. UBALDO É A VÍTIMA ARQUETÍPICA DA BARBÁRIE. ELE TEM UM MEDO ANCESTRAL DE SER PRESO, DE DESAPARECER, DE SER TORTURADO. O HUMOR NEGRO DE HENFIL É VITAL PARA QUE POSSAMOS REFLETIR SOBRE NOSSO PASSADO, NOSSO PRESENTE E NOSSA POSSIBILIDADE DE FUTURO), AFINAL ELA RISCAVA O NOME DELE DO MEU DIARIO PROS MILITARES NÃO PEGAREM. ESSE TIPO DE MEDO NÃO SOME ASSIM TÃO FACIL E NA ATUAL SITUAÇÃO DO PAIS EH NATURAL QUE ESSE MEDO RESSURJA!



HENFIL. A volta de Ubaldo, o paranóico. 2. ed. São Paulo: Geração Editorial, 1994.

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